sábado, 2 de julho de 2011

Bendigo-te


Bendigo-te, Amor
Não mais por palavras...
Que se encontram exaustas,
De serem ditas e contraditas.
Mas com a voz vinda do coração.

Ao mundo, inaudível...
A quem o abriga, eloqüente...
Incansável...
Indubitável...
Inconseqüente.

Esse ser que mesmo fatigado...
Pelo passar das primaveras
E sob hostis invernos,
Ainda pulsa, sangra e grita...
De saudade e ternura.

Bendigo-te, Amor
Expurgando qualquer rancor
Para na calma dos dias...
Libertar-me a alma
E não aniquilar as memórias que esmero.

Bendigo-te, Amor
O que soa como prece
Dor, não mais me parece.
Se irrefutável foi o nosso destino
Não me cabe mais desatino.

Bendigo-te, Amor
Enfim... Por não conseguir ser diferente
Por mais que eu tente...
Essa voz cordial me diz veemente:
“Tu ainda tens morada em mim.”

(Juliana Alves)

3 comentários:

  1. O amor é mesmo isso tudo e mais! Como nao bendize-lo? Também o bendigo por ele ser a razao de eu ainda estar de pé.
    Lindo blog e lindos posts, xará.

    Milhoes de beijos

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  2. Poema Lindíssimo Juliana.
    E como não bendizer ao amor se é ele, o sentimento que nos move. Perfeitoo!

    ;*

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