sexta-feira, 30 de novembro de 2012


"...Por que sou daquelas que vivo minhas querências e incertezas também, mas eu arrisco e me inundo de verdades e sentimentos. E creio, que não seja fácil deixar a platéia. Nasci talhada pelo Amor, pelo desejo mútuo de completude, mesmo eu sendo metade, impermanência. Não aprendi a viver de marés, de estações. Aprendi a colorir minhas coragens e deixar aquela lágrima cair quando tiver de cair, e deixar meus sentimentos bem limpinhos, puros e despidos de qualquer vir-a-ser, para o hoje e não um amanhã. Como sou feita de cheganças me desfaço de armaduras quando a vida me propõe ser franca. Por isso concedi as cartas, abrir as janelas de uma grandiosidade de quem se olha nos olhos e confessa-se ... E eu mesmo, não perdi nada, pincelei meus arco-íris com os tons concedidos e guardo o que de contemplativo foi e é... Sopram naquela janela colorida por sinal, a mesma brisa, o mesmo Amantes-amados, beijando as águas na maciez que agora lavo minhas mãos."

(Fernanda Fraga)

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  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...