sexta-feira, 27 de julho de 2012

Solstício de um Sorriso


 
No caminho escuro da noite,
 à frente um clarão...
Um farol no fim do túnel,
 janela aberta ao paraíso...
Clarividente sol da meia-noite,
 de noturna fui aclarada.
Descortinou, sob luz alva, 
o luto em benção de paz,
declamada na aurora de meu peito.
Amou-me sem saber, por um largo sorriso,
Em um único olhar...

(Juliana Alves)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

25 de Julho - Dia do Escritor



"Minhas mãos vazias são como a quimera ensandecida,
 há pressa em narrar o que a pele sente, 
o coração pulsa e o orgasmo lava..."

(Trecho de "Das  Inquietações" - Juliana Alves)




Diáfanas são as águas que saciam a sede dos meus quereres...

Nessas horas silenciosas, onde a sinfônica paz grita alto e requere seu alimento... Fluida, sou invadida, e não mais sei se sou matéria ou energia.

Fundo-me e fluo ao alvo chamado do papel, e nesse me desmancho, decodificando ao crivo as aragens das excelsas inspirações.

Brandas são as palavras que transcorrem desse meu transmutado ser, emergem dos evanescentes lapsos de vidas várias ao afluente guia da minha dita...

Agora fragmentada estou! Linhas, formas, sons... 
Uma brisa então irrompe, e tudo se desprende...

Sutis são esses ventos-guias, sopro divino que enfurna sonhos, preces, palavras, sons, aromas e desejos, carreia toda a emanação de bem querer, leveza que não se vê, mas se sente... 

Tudo quanto vivi, aspiro, sinto e amo...

Então... Não sou mais eu... Sou milhares! 
Sou luz, sou calor, sou o amor, sou o todo, sou agora o universo...

Não sou mais minha... 

Todo dia sou mais dos outros,
 quando me (des)mudo, sou mais escrita!
 

(Do Ser em Transcrição - Juliana Alves)

domingo, 22 de julho de 2012

Das certezas...

 "O melhor da vida é quando temos a certeza que merecemos sempre mais, quando a felicidade vira rotina, e que aquilo que é blindado por Deus ninguém toca!"
(Juliana Alves) 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

"A amizade é um amor que nunca morre." (Érico Veríssimo)




Ah, os amigos! Amigo tem sua raiz (e força) na palavra amor, não é por acaso que as duas palavras começam da mesma forma. Meus amigos muitas vezes não são muitos, às vezes não tão presentes... Muitos loucos, outros santos, alguns próximos, muitos distantes, mas todos que passaram e passam pela minha vida deixaram algo de especial em mim, suas digitais, marcas de amor, compreensão, elos inquebráveis pelo tempo, guardados como o tesouro mais puro na memória...
Compartilhamos alegrias, tristezas, farras, problemas, força, fé, luz, lágrimas, sorrisos... Estudo, sabedoria, dedicação, o divã nosso de cada dia, as madrugadas, o frio da noite, o calor do dia, as músicas, as frases, as broncas e os afagos, uma ideologia, uma geração, uma época que não volta mais, mas que pode continuar, sempre, em um novo encontro, uma nova fase... 
Fizeram-me uma pessoa melhor, mais digna, mais forte, mais iluminada e grata por ter partilhado e ainda partilhar minha vida e minha existência com vocês! São os irmãos, família sagrada, que o mundo me permitiu escolher...
Um Feliz Dia do Amigo para todos, AMO VOCÊS!!! E muita saudade dos que não vejo há tempos!

(Juliana Alves)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Aquecida...

"Quando o coração está quente, 
a alma se aconchega, 
e o frio lá fora já não importa,
 o corpo já não o sente..."

(Juliana Alves)

domingo, 15 de julho de 2012

Do valor das coisas "simples"


Pouca gente espera pela chuva como quem espera por um grande amor. Quase ninguém celebra um pôr do sol como quem é promovido no trabalho ou tem qualquer ganho material. 
Conheço poucas pessoas que se emocionam com o colorido de uma paisagem. Conheço pessoas muito sensíveis que têm muito mais vocação para a anestesia autodestrutiva que para a canalização desta sensibilidade para a criação do Belo. 
Pessoas procuram sossego e confundem a paz com o tédio. Alguns, quando estão melancólicos, se acham miseráveis em tudo. Nada basta. Há quem saia para contemplar o mar e não consiga ver uma gota de água a sua frente. É muito fácil se agarrar ao sofrimento e, num momento de alívio, dizer que aprendeu a dar valor às coisas pequenas, simples da vida. Leia-se: a ter para onde voltar, cama quente para dormir, um dia bonito para ver, olhos para enxergar, agasalho num dia frio, um abraço de um amigo, companhia para quando a solidão apavora, um céu estrelado, o cheiro de terra molhada que a chuva traz, as sementes que se fertilizam, as árvores que dão sombra quando o sol está inclemente. 
Meu Deus, estas podem ser coisas simples, mas não são as pequenas coisas da vida, são as grandiosas! As maiores. As que permanecem para lembrar o movimento de tudo, o ritmo da Vida. As "pequenas" coisas são as imensas, meus amores. As mais importantes. E, as paisagens, chova ou faça sol, ainda são as que emolduram o encontro deste tal grande amor. E que enchem de adornos qualquer sorriso de alegria.

(Marla de Queiroz)


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Do cultivar a si mesmo...


Não espere que lhe tragam flores, SEJA O JARDIM!
Seja o motivo de atração das borboletas e dos colibris...

(Juliana Alves)


domingo, 8 de julho de 2012

A-fresco


Um afresco de todas as cores, meio gente, meio pintura...
Várias perspectivas, somente um ponto de fuga: o coração!
Um pouco sombra, e muita luz...
Parte abstrata, um tanto cubista...
Um quê de formalismo com lirismo à flor da pele...
Não julgue pela estética, as conjecturas são modernas...
Sou quase mentira, mas sou de verdade!
Nas mãos de um brilhante artista:
Uma obra inacabada, tela a ser emoldurada...
Trama em contínua composição! 

(Juliana Alves)

sábado, 7 de julho de 2012

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...