segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Incógnitas



"Se eu voar sem saber aonde vou, se eu andar sem conhecer quem
sou, se eu falar e a voz soar com (a)manhã, eu sei..." 


Sês...meras suposições, incertezas sem um término definido.
Não me habituo a viver assim, sempre na incógnita.
Erradamente começa a fazer sentido pensar para controlar o máximo possível.
Aos poucos, o pensar fica e o agir permanece presente apenas em pensamento.

"Se este dia já não tem sabor, e no pensar que tudo isto já pensei, eu sei..."


Não há pior dúvida que aquela que temos em relação a nós próprios...
Não aquela que advém dos outros.
Daqueles que passam por nós e de uma maneira ou de outra nos afetam.
Com esses encontros e desencontros resta-nos vivê-los.

"Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim
e se um dia eu disser que já não quero estar aqui?"


No entanto, a luta com aquilo que realmente
queremos é bem mais destrutiva.
Quantas são as vezes em que há uma percepção daquilo
que é preciso ser feito.
Há uma consciência do que realmente nos realiza.
Mas... Sempre um mas.
Um senão, uma dificuldade que se manifesta contra a vontade de agir.

"Na incerteza de saber o que fazer,
o que querer, mesmo sem nunca pensar que um dia o vá expressar, 
não há outro que conhece tudo o que acontece em mim..."

Nessa altura, perco-me no caminho que me proponho a cumprir...

(Juliana Alves)

Asas II



"É difícil aprisionar os que têm asas..."

(Caio Fernando Abreu) 

Todos nós temos asas, pena que poucos queiram voar... Algumas almas nascem e vivem como se fossem prisioneiras... Aprisionam-se à pobreza de espírito, outras à mediocridade, algumas a um relacionamento doente, ao próprio corpo que vira uma camisa de força ou caixão, a pensamentos, ideologias extremistas, à culpas, à mentiras, etc. Julgo que tudo nesse mundo se não for feito em equilíbrio torna-se uma prisão. Viramos escravos, prisioneiros da aparência social, não somos o que passamos ser e nos enclausuramos em carapaças sociais, máscaras que encobrem nossa verdadeira face e personalidade...  E que nunca nos permitimos deixar cair... Pra agradarmos outrem!? Sinto muito, mas não sou assim, amo minha liberdade e minha essência, sou plena, posso ser mel e fel, mas defendo o que acredito e o que me compõe até o fim! E como boa hedonista, tudo o que faço é o que me dá prazer! Nisso consistem minhas asas:  Ter a liberdade de pensar e agir... 
Devemos cultivar sempre nossas asas, nos cultivar, e voar cada vez mais alto!

(Juliana Alves e Amanda Cabral Magalhães) 

*Idéias conjuntas de confabulações no facebook. :)

Asas...

"Porque os Homens são anjos nascidos sem asas, 
é o que há de mais bonito, 
nascer sem asas e fazê-las crescer."
(José Saramago)

Do que gosto...



"Gosto das belas coisas claras e simples,
das grandes ternuras perfeitas, 

das doces compreensões silenciosas, 
gosto de tudo, enfim,
onde encontro um pouco de Beleza e de Verdade...
Porque há ainda no mundo, graças a Deus, almas-astros
onde eu gosto de me refletir, 

almas de sinceridade e de pureza 
sobre as quais adoro debruçar a minha."


(Florbela Espanca)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

"...quero me vestir de flores, me espalhar no vento, seduzir o sol..." (Renata Fagundes)



"...Tudo em mim brilha, reluz, renova e reconstrói... 
Sempre com uma doce valentia, pois justo a mim coube ser eu... 
Sem fantasias, sem máscaras, sem falsos brilhos...


Mel e fel, mas em essência sempre!"

(Juliana Alves)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Tem um aviso na porta do meu coração:



"Quem não dança conforme o ritmo da casa,
não perca tempo tocando a campainha."

(Maria Bethânia - no Show Drama – Luz da noite)



“É melhor que não digas nada: sê!"

(Fernando Pessoa)

15 Anos Sem Caio Fernando Abreu



“Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta.”

*Foi escrita pela escultora Camille Claudel para seu mestre e amante, Auguste Rodin, em 1886.

“Queria tanto que alguém me amasse por algo que escrevi."

(Caio Fernando Abreu)

Algumas pessoas nascem para fazer toda a diferença. São gênios em seu tempo, transgressores, incompreendidos, almas inquietas que só são reconhecidas à altura após deixarem esse mundo, feito de aparências. Mas que bom que essas almas mesmo depois de nos deixarem tem tamanha força para continuarem imortais por seu legado. Assim é você, Caio, e espero que nesses 15 anos, em que mesmo não estando em corpo presente, você possa estar vendo o quão importante foi o que você nos deixou: experiências profundas, quando ninguém ousava tratar de tais assuntos e com tamanha veracidade, uma identificação ímpar com seus sentimentos, uma obra riquíssima em persona, de estilo totalmente peculiar e que nos acrescenta sempre, vencendo a barreira temporal, seja na forma de um conselho ou simplesmente nos proporcionando o prazer de admirar sua arte. 
Obrigada!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Desejos



Que a vida continue me causando espanto, medo, surpresa e prazer. 
Que meu coração continue pulsando descontrolado dentro de mim, porque nunca foi minha pretensão sentir calada. 
Que o injusto continue me indignando, e que a indignação continue me movendo em busca daquilo que acredito ser certo. 
Que o meu olhar se mantenha aceso. 
Que eu continue tendo efêmeras vontades de desistir, porque sou humana, mas que a fé me mova sempre até o fim. 
Que o caminho árduo nunca me faça ser tentada pelos falsos atalhos. 
Que o pó não se acumule nem na estante, nem no corpo e nem na alma. 
Que, de um jeito ou de outro, a gente consiga viajar: no mapa, nos livros, nos sonhos ou no amor, que é o maior de todos os sonhos. 
Que acaso e destino jamais se confundam, e que a gente continue com o dom bonito de acreditar que nossa história está escrita em algum canto do céu, nas estrelas. 
Que sonhar não se torne, em hipótese alguma, tolice. E o melhor: que nenhum sonho jamais seja proibido. 
Que os planos saiam do papel e nos surpreendam por serem ainda mais bonitos do que pareciam ser quando ocupavam espaço apenas dentro de nós. 
Que a falta de tempo nunca nos impeça de embrulhar os presentes com papel celofane ou fita de cetim, e muito menos de escrever um cartão. 
Que os papéis de carta saiam da gaveta e ganhem letras, redondas ou tortas, que façam sentido quando combinadas com o coração. 
Que o rosto da pessoa amada se torne miragem, não pela beleza do seu contorno, mas pelo quão verdadeiro é aquilo que a preenche. 
Que o encontro nunca deixe de ser a opção mais viável. 
Que o maior confronto nunca deixe de ser o olho no olho. 
Que o amor seja finalmente eleito como o caminho mais curto para a real felicidade. 
Que fazer pedido a uma estrela não seja rotulado como algo cafona. 
Que a gente goste daquilo que vê no espelho, e que não nos permitamos, em momento algum, tornarmo-nos escravos daquilo que gostaríamos de ver nesse espelho. 
Que os dias cinzentos sejam transformados em primavera. 
Que os risos, cada vez mais sinceros e espontâneos, sejam em alto e bom som, sem a menor timidez ou pudor. Aliás, que todo o pudor seja esquecido quando, em questão, estiver o amor verdadeiro. 
Que a gente caiba milimetricamente em um abraço, e que esse abraço nos sirva de esconderijo quando o que está lá fora parecer perigoso demais. 
Que olhar pra trás jamais nos envergonhe. 
Que o amor de cinema continue sendo, no fundo, o sonho de cada um. 
Que declarações sejam feitas sem rodeios. 
Que as verdades sejam ditas. 
E que a vida esteja cada vez mais perto da poesia, até que vida e poesia sejam, por fim, inseparáveis. 
Amém.

(Silvia Prata) 

*In: http://pratasilvia.blogspot.com/

"As Melhores Mulheres pertencem aos homens mais atrevidos." (Machado de Assis)



(...) Uma mulher não perdoa uma única coisa no homem: que ele não ame com coragem. Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos, jogar futebol no sábado com os amigos, soltar gargalhada de hiena, pentear-se com franjinha, ter pêlos nas costas e no pescoço, usar palito de dente, trocar os talheres de um momento para outro. Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem.
Amar com coragem não é viver com coragem. É bem mais do que estar aí. Amar com coragem não é questão de estilo, de gosto, de opinião. Não se adquire com a família, surge de uma decisão solitária. Amar com coragem é caráter. Vem de uma obstinação que supera a lealdade. Vem de uma incompetência de ser diferente. Amar para valer, para dar torcicolo. Não encontrar uma desculpa ou um pretexto para se adaptar, para fugir, para não nadar até o começo do corpo. Não usar atenuantes como “estou confuso”. Não se diminuir com a insegurança, mas se aumentar com a insegurança. Não se retrair perante os pais. Não desmarcar um amor pela amizade. Não esquecer de comentar pelo receio de ser incompreendido. Não esquecer de repetir pela ânsia da claridade. Amar como se não houvesse tempo de amar. Amar esquisito, de lado, ainda amar. Amar atrasado, com a respiração antecipando o beijo. Amar com fúria, com o recalque de não ter sido assim antes. Amar decidido, obcecado, como quem troca de identidade e parte a um longo exílio. Amar como quem volta de um longo exílio.
(…)
Amar com coragem, só isso. 

(Fabrício Carpinejar)

*Julgo que acovardar-se por 7 vezes já mostrou que nunca haverá coragem o bastante para me amar...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Uma nova chance de mudar meus caminhos...



“Eu sei que todos os dias quando eu acordo
Deus dá um sorriso e me diz:
“Estou te dando a chance de tentar de novo.”

(Caio Fernando Abreu)


*A certeza que tenho é que não quero o que vejo nesse momento pra minha vida, de confusão e dúvidas, bastam as minhas... O bom que é que a cada repetição, mais meu coração se depura e aceita com tranquilidade que certas coisas sempre serão assim, e que se cansa dessa brincadeira, que há muito já perdeu a graça... Bateu aquele tédio, aquele ar de: Ahh, de novo! Nossa já não é surpresa! Parafraseando o texto de uma colega circunstancial: Quero Tudo Novo de Novo! De mesmo enredo, mesma tragédia, já se foi um livro inteiro!? Estou só decepção, acho que nem meu amor é o mesmo mais... Cansou, está morrendo na inanição da espera, de algo que nunca vem inteiro... Só vem cheio de fraqueza, inconstância, dubiedade e imaturidade... E esses não são sinônimos para AMOR, não quero alguém assim do meu lado, um amor assim, se é que se pode chamar isso de amor, não me serve. Se há quem aceite, tenho dó, pois será submetida a essa falta de segurança de não se saber amada de verdade a vida inteira, tentando em vão... Então, o melhor é deixar a vida seguir, pois o recado me foi dado: essa é a sua chance de renovação, olhe pra frente e siga! Pra quem fica e ainda persiste, minha boa sorte e que Deus abençoe!

(Juliana Alves)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Aprendi...

 
“Aprendi que a palavra AMOR perde o sentido quando usada sem critérios, e que certas pessoas vão embora de qualquer maneira...”
(Charles Chaplin) 
e...
“Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É permitir que voe sem que nos leve junto. É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais.”

(Caio Fernando Abreu)

Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente?




“Então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para liberar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteira nas coisas que me contas, e assim calada, e assim submissa, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és e unicamente assim é que me queres e me utilizas todos os dias, e nos usamos honestamente assim.”

(Caio Fernando Abreu, in: Os dragões não conhecem o paraíso)



"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais - por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!"

(Caio Fernando Abreu)

"Tô exausta de construir e demolir fantasias..."



"Quando partiu, levava as mãos no bolso, a cabeça erguida. Não olhava para trás, porque olhar para trás era uma maneira de ficar num pedaço qualquer para partir incompleto, ficado em meio para trás. Não olhava, pois, e, pois não ficava. Completo, partiu."

(Caio Fernando Abreu)



Que vida é essa a qual eu vivo??? Sempre a mesma sucessão de fatos, um eterno retorno de sentimentos e pessoas. E o final nunca muda: eu mais uma vez batendo em retirada com meu coração dilacerado, amor renegado, ódios imensuraveis, e uma confusão mental dos diabos... Até quando tudo isso se repetirá? Será que não mereço uma vida inteira ao lado de alguém, viver um amor pleno? Será que custa muito, uma vez só dar tudo certo, e minhas expectativas serem confirmadas!? São tantas esperanças desperdiçadas, tantos esforços pelo ralo e nada sai do lugar, nada progride, a inércia, lei maior, permanece.. Só eu me movo, sim na mesma direção final de sempre, o afastamento! O que também não adianta, pois dai a pouco, a mesma força me suga, me arrasta novamente ao mesmo lugar, a mais uma tentativa, em vão... Mas o impulso vital não me deixa, sempre acabo por tentar... Tentar acho que é minha atitude mais honrável. Tentar e nunca desistir: não desistir de amar, não desistir de ter esperanças, não desistir de ser fiel às minhas vontades, a minha fúria, a minha força, a minha essência, a mim, enfim não desistir de viver... Sou plena em tudo isso, e não importa se essa hora de agora é a de persistir ou desistir, de permanecer ou me retirar, o que importa é que mais uma vez eu tentei, errando ou acertando... Sigo em paz, porque mais uma vez dei a cara a tapa à vida, e mais uma vez sigo com uma bagagem maior de experiência e o peito vazio de 'se', pois não fico nesse tropeço da dúvida, sempre me arrebento de exisitir. 

(Juliana Alves)

 
“As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem.”
 
(Chico Buarque
)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Vocação...



"Eu nunca fui uma moça bem-comportada.
Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.
Não estou aqui pra que gostem de mim.
Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.
E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa.
Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou."

(Maria de Queiroz)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Strip-tease da alma




"Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade - emocionalmente. Nudez pode ter um significado diferente. Muito mais intenso é assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história.
É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.
Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expôr nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior. Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro.
Não conheço strip-tease mais sedutor."


(Martha Medeiros)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão...





"Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão:
Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas.
Encheis a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça.
Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vos estar sozinho,
Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.
Dai vossos corações, mas não confieis a guarda um do outro.
Pois somente a mão da vida pode conter nossos corações.
E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia;
Pois as colunas do templo erguem-se separadamente,
E o carvalho e o cipreste não crescem a sombra um do outro."

(Gibran Khalil Gibran)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

The rest is still unwritten...



♪♫...Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins
The rest is still unwritten... ♪♫

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Deus




"...Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito Nele,
Então acredito Nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos..."
 
(Fernando Pessoa)

...por desfolhar-me é que não tenho fim.

"Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando
por desfolhar-me é que não tenho fim."

(Cecília Meireles)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Meu Jardim



Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores.
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores.
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores.
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores.

Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho.
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho.
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho.
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho.

Estou podando meu jardim...
Estou cuidando bem de mim!

(Vander Lee) 


*Não é que ultimamente tenho pensado que mereço ser feliz!? Sim, depois de muito tempo, estou tendo a oportunidade de me cuidar, me saber melhor, reorganizar a bagunça da vida... Acumulou lixo no meu quintal, minha morada (meu coração) ficou de pernas pro ar... Tantos furacões passaram por, em mim, tormentas e tempestades acumuladas... E nunca me permiti a pausa, o momento pra me renovar... 
Mas enfim, uma estação pra mim!
Estação de poda, temporada de limpeza interior... Jogo fora tudo o que há de velho, tudo o que me faz mal e me detém. Abro espaço e caminho pro que há de vir. Estou edificando um chalé a beira do lago com um imenso jardim florido, flores de todos os aromas, inúmeros pássaros de todas as cores, e a Luz de Deus me iluminando. Em pouco, serei uma boa morada para o andarilho ou para o conhecido, e o calor de um aconchego para o amor que me pertencer... E que tudo seja calmaria no jardim do meu novo ser!

(Juliana Alves)

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...