segunda-feira, 28 de maio de 2012

Se pudéssemos prever o futuro...




"Tu não sabes quem eu sou, mas eu sei quem tu és... e só preciso de um minuto da tua atenção.

Espero que saibas a sorte que tens. O quanto eu gostaria de estar na tua pele. Poder estar na mesma cama que ela todas as manhãs. Ajudá-la a acordar da má disposição matinal.

Espero que saibas que ela não te vai falar enquanto não lavar os dentes. Não é por mal... é por medo de perder o encanto aos teus olhos. Que a considere um ser humano comum.

Espero que saibas que ela gosta de aproveitar cada raio de sol, e que o café a deixa mal disposta.

Que escolhe a roupa que vai vestir na noite anterior, só para poder ter mais cinco minutos de sono pela manhã. Que o despertador toca cinquenta vezes até que se levante, e que mesmo assim, consegue chegar a horas.

Quero também dizer-te que ela adora histórias do fantástico. Mas não de terror! Que é capaz de saber o nome de todas as personagens de um livro antigo, mas que não se vai esforçar para decorar o nome de todos os teus amigos à primeira...

Porque ela... ela é que sabe de si.

Tu nunca serás uma sorte para ela. Sorte é poderes tê-la na tua vida.
Sabes? Ela não é romântica por natureza, mas uma demonstração espontânea da tua parte vai fazê-la fraquejar. Porque ela é segura e doce ao mesmo tempo.

Ela não sabe cozinhar, mas vai esforçar-se para fazer o teu prato preferido. E se não estiver bom, ela vai rir-se do falhanço, em vez de corar.

E quando ela ri... Quando ela ri eu tenho vontade de chorar. Não de tristeza, mas porque cada gargalhada é como uma nota musical que toca ao coração e me faz querer dançar.

Ela é tudo o que eu queria e nunca soube que tive.

Aprende que a arritmia que sentes com ela é normal!

E que a falta dela é um vazio igual à morte.

Espero que sejas tudo aquilo que eu nunca fui.

Espero que a trates bem. Porque se lhe partires o coração vais perdê-la para sempre.

Pudesse eu ter lido o futuro..."


Direitos de Autor Reservados a: DIFFUSE - creative film studios
Actor: Diogo Lopes
Escrito por: Ana Luisa Bairos, Joana Pacheco
Texto revisto por: Margarida Vaqueiro Lopes
Operadores de câmara: Ana Luisa Bairos, Duarte Domingos
Pós-produção vídeo: Ana Luisa Bairos
Pós-produção áudio: Alexandre Pereira
Música original: Alexandre Pereira
Realização: Ana Luisa Bairos
Agradecimentos especiais: Eva Barros, Isa Pinheiro

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Arrebatamento...

 
"(...)Eu mereço experienciar esta fascinação pela vida
e a liberdade de ser exuberante
e transformar o chão em céu, o mar em útero,
 meu corpo em Templo..."

(Marla de Queiroz)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Que seja leve, que seja doce...


"Mas, quando vier o que é perfeito, 
então o que o é em parte será aniquilado(...) 
Porque agora vemos por espelho em enigma, 
mas então veremos face a face; 
agora conheço em parte, 
mas então conhecerei como também sou conhecido. 
Agora, pois, permanecerá a fé, a esperança e o amor, 
estes três, mas o maior destes é o amor." 

                                              Coríntios 13

sexta-feira, 18 de maio de 2012

...ana

Ela é aquela cujo nome é exultação de luz... Um enigma em mutação, nunca parece ser a mesma, muda tanto os cabelos, muda tanto de ideia. Só não muda a essência, por mais que tentem, lhe provoquem a variar seu alento, sempre devora as tristezas e tudo que vibra em baixa frequência e joga tudo pro alto... Alto-astral! Converte tudo em doçura, resignação e perdão - facetas de um diamante-coração resplandecente de amor.
É também da tribo das Anas, cheia da divina graça... Tem um jeito oracular de aos outros ouvir, um jeito físsil de falar... Por existir, ensina a ser outros vários, um ecleticismo e sincretismo de ideias, gostos e composturas. Seja essa ...ana quem for ela, ela sempre a mesma e sempre outra. Há algo nela de penumbroso, úmido, olho de peixe fixado em pássaro colorido. Tudo o quanto se fala, que não sobre ela, é justamente pra fugir, pra não falar dela e de sua insistente presença, a povoar tudo quanto pode, dos pensamentos às palavras, dos sons aos cheiros... Tudo a forma em imagem e semelhança ao que agrega informação. 
Tudo o que se fala sobre essa instigante persona não é menos que um não-falar sobre ela. Ao se pensá-la está em casa. Estar com ela é exílio. A Ela compete o amplo e o contido, gota de loucura em poço de razão, é a liberdade e o refúgio, a comida e a bebida, pois do coração dela saem todas as estradas, e convergem todas as entradas... 
Essa jovem-ana meio menina, meio anciã, metade pecados e metade perdão, também é meado de cinzas em contínua transformação, mulher em formação!

(Juliana Alves)

domingo, 6 de maio de 2012


"… de amor andamos todos precisados, em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente. Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando. (…) Meu partido está tomado. (…) Ele não obedece a cálculos da conveniência momentânea, não admite cassações nem acomodações para evitá-las, e principalmente não é um partido, mas o desejo, a vontade de compreender pelo amor, e de amar pela compreensão."

(Carlos Drummond de Andrade)

sábado, 5 de maio de 2012

Menina-Fênix


Se perguntarem por onde anda a menina-poeta, fênix de rubras matizes, diga apenas que foi vista ressurgir pelo caminho da verdade de seu coração... e vive agora, cercada de tudo que lhe apetece: amor, música e poesia. 

Em noites de lua cheia, pode-se presenciar o seu bailar de alma leve sob a luz prateada de sua fascinação, embalada pelo canto de um deus dançante e banhada pelos cristais de orvalho das bençãos há muito almejadas...

De dia, incide sobre quem cruza seu caminho como brisa mansa disseminando sementes de ternura e contentamento nos corações viventes, e colhendo os frutos de sua incessante fé em dias melhores e no Amor, acima de tudo!

E como menina de coração gigante que é, pela vida segue, colorindo, cantando, poetando, pois quando é sincero, a colheita é de GRAÇA!

(Juliana Alves)


sexta-feira, 4 de maio de 2012


Quando algumas tristezas se tornam palpáveis demais e ameaçam cerrar o tempo, me basto em fechar os olhos e transcender, sublimar as emanações mais pesadas em nimbos internos carregados de doçura e esperança...
E soprando uma leve brisa de cura, não demoro em sentir o refrigério de uma garoa amorosa me regar por dentro, muitas vezes acompanhada de um belo sol da mais radiante fé...
Compondo aquela tarde a-colhe-dor-a das primaveras internas, onde nos terrenos do coração fazem brotar as mais coloridas flores, perfumadas com o aroma dos tempos novos... Floridas das emoções saudosas há muito latentes, que nos avivam de levezas e misturam ao aconchegante cenário crepuscular de dentro a aurora dos sorrisos feitios...
E tomada por esse contentamento, ao abrir dos meus olhos só poderá se notar o lume de uma aprazível alma arco-íris, cujo gosto é sair iluminando e colorindo em aura os caminhos por onde passa.

(Juliana Alves)


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Talvez algumas mulheres nunca serão "domadas", talvez elas precisem de ficar livres... Até encontrarem alguém tão selvagem quanto elas.

 
Que me seja permitido sempre, depois de cada tombo,
 levantar e seguir com a força de um cavalo jovem...
Galopando livre pelas veredas da vida 
 com o fôlego de meus pulmões, 
perseverando com a fé instintiva de meu coração 
e vencendo na raça pelo meu caráter,
levando nos olhos o infinito...

(Juliana Alves)

terça-feira, 1 de maio de 2012

Prece de Maio

Que maio se achegue com o seu anunciado frescor
 de tempo novo ao calor do meu coração, 
trazendo tudo o que é espiritualmente amplo e profundo
 para corporificar meu prospecto de sonhos.
Que sob o sereno das noites, minha alma se dispa
de suas antigas vestes, assuma suas renovadas cores
 e ao meu corpo recaia o sol amoroso das auroras...
Permanecendo nus, diáfanos e fulgentes meus ombros,
 para que neles pousem as borboletas.

(Juliana Alves)

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...