sexta-feira, 30 de novembro de 2012


"...Por que sou daquelas que vivo minhas querências e incertezas também, mas eu arrisco e me inundo de verdades e sentimentos. E creio, que não seja fácil deixar a platéia. Nasci talhada pelo Amor, pelo desejo mútuo de completude, mesmo eu sendo metade, impermanência. Não aprendi a viver de marés, de estações. Aprendi a colorir minhas coragens e deixar aquela lágrima cair quando tiver de cair, e deixar meus sentimentos bem limpinhos, puros e despidos de qualquer vir-a-ser, para o hoje e não um amanhã. Como sou feita de cheganças me desfaço de armaduras quando a vida me propõe ser franca. Por isso concedi as cartas, abrir as janelas de uma grandiosidade de quem se olha nos olhos e confessa-se ... E eu mesmo, não perdi nada, pincelei meus arco-íris com os tons concedidos e guardo o que de contemplativo foi e é... Sopram naquela janela colorida por sinal, a mesma brisa, o mesmo Amantes-amados, beijando as águas na maciez que agora lavo minhas mãos."

(Fernanda Fraga)

domingo, 25 de novembro de 2012

I Won't Give Up...

 
♫♪...When I look into your eyes
...Quando olho em seus olhos
It's like watching the night sky
É como observar o céu de noite
Or a beautiful sunrise
Ou um belo amanhecer
Theres so much they hold
Eles carregam tanta coisa
And just like them old stars
E como as estrelas antigas
I see that you've come so far
Vejo que você evoluiu muito
To be right where you are
Para estar bem aonde está
How old is your soul?...
Qual a idade da sua alma?...♫♪

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Cativa...

   
"Que medo alegre esse o de deixar-me encantar
pelos teus ares de liberdade...
Doce receio, o de pisar na relva macia dos sentimentos novos

e em areias corrediças se tornarem...
  Fugir-me o chão de minhas certezas, 

deixando-me a flutuar no vão das etéreas expectativas.
Minhas mãos já não se aquietam,

 procuram meios de te alcançar
e fazer-te sinais para que possas enxergar a alma,
que sem que soubeste, ousaste conquistar."

(Juliana Alves)
 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

(Carlos Drummond de Andrade)

domingo, 11 de novembro de 2012

Sobre redescobrir-se...


Com uma estranha surpresa, 
redescubro, por espelhos dos gracejos alheios,
o que há de bonito em mim... 
O que me foi mostrado como defeito,
ganha graça, magnetismo e magia 
sob a luz clarividente de outro olhar.

(Juliana Alves)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Doce Novembro



Mal se achegou novembro e já colho trigo, leite e mel, e sob o calor amoroso das sensações frescas preparo a benesse que o próximo ano há de frutificar. 

Trago no peito a certeza que o que passou, agora já é pó, nada, cinzas de um fulgor que fez somente enrijecer o que não consumiu. 

Assim, sob a fresta de luz que me dá passagem ao novo caminho, enfeito as janelas de novembro com sorrisos, cumprimento com o olhar ávido o que me adentra ao peito sem pedir licença. 

Que venha essa inocência renovada adoçar os lábios de minhas preces e me prepare um verão no coração, acalentado por novos sonhos, infinitos rumos e doces surpresas, enfurnados pela brisa suave de uma fé incansável na beleza do porvir.

(Juliana Alves)

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...