sábado, 28 de janeiro de 2012

 
"Sou lua, pela luz sonhada. Seresta muda, teclada. Borboleta neon do Oeste entrecortando a Via-Láctea. Pouso furta-cor, véspera de asas. Sou voadora de um amor sem data."

(Lídia Martins)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012


É tanto amor em meu ser, que jorra assim fácil... 
Assim como o rio de saudade em meu peito, tão perene... 
Saudade boa, bonita, marulhando risos 
por onde correm as lembranças... 

(Juliana Alves)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Eu Te Amo


♫♪...Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas...♫♪

domingo, 15 de janeiro de 2012

Se Me Esqueceres

 
Quero que saibas
uma coisa.

Sabes como é:
se olho
a lua de cristal, o ramo vermelho
do lento outono à minha janela,
se toco
junto do lume
a impalpável cinza
ou o enrugado corpo da lenha,
tudo me leva para ti,
como se tudo o que existe,
aromas, luz, metais,
fosse pequenos barcos que navegam
até às tuas ilhas que me esperam.

Mas agora,
se pouco a pouco me deixas de amar
deixarei de te amar pouco a pouco.

Se de súbito
me esqueceres
não me procures,
porque já te terei esquecido.

Se julgas que é vasto e louco
o vento de bandeiras
que passa pela minha vida
e te resolves
a deixar-me na margem
do coração em que tenho raízes,
pensa
que nesse dia,
a essa hora
levantarei os braços
e as minhas raízes sairão
em busca de outra terra.

Porém
se todos os dias,
a toda a hora,
te sentes destinada a mim
com doçura implacável,
se todos os dias uma flor
te sobe aos lábios à minha procura,
ai meu amor, ai minha amada,
em mim todo esse fogo se repete,
em mim nada se apaga nem se esquece,
o meu amor alimenta-se do teu amor,
e enquanto viveres estará nos teus braços
sem sair dos meus.

Pablo Neruda, in "Poemas de Amor de Pablo Neruda"

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

 
"Saber doar-se para saber se o outro se importa. 
Saber doer-se para entender o que realmente te importa. 
Saber dosar-se para saber o que é realmente válido. 
Exceder-se para conhecer as tuas sobras. 
Podar-se para livrar-se dos tais excessos.
Saber cair para mensurar a dimensão do sonho.
Saber sonhar-se na medida limitada imposta pelo mundo. 
Saber colocar-se com cuidado para caber direito. 
Saber produzir-se para causar o melhor efeito. 
Conhecer-se na procura dos próprios defeitos. 
Encontrar-se na procura do conhecimento. 
Saber se chorar por dentro, lavar-se inteiro. 
Saber esquecer-se quando já foi dito. 
Saber prosseguir, quando não te acompanha. 
Saber perder-se na imensidão do universo. 
Saber tatear no escuro das decepções. 
Saber esconder-se, encontrar-se. 
Saber-se. Ser."

(Camila Heloíse)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


"Parece-me que se a gente quer o arco-íris
tem que querer a chuva também."

(Dolly Parton)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Cuido...

 
"Cuido desse instante para que os sorrisos, os nossos, de um jeito ou de outro, se alarguem. Cuido pelo simples cansaço, contundente, que permeia essa tentativa. Cuido de nós pelo simples hábito de amar nossos horários vagos juntos novamente. Cuido da palavra e dessa verdadeira sensação de que algumas coisas não foram feitas de eternidades. Cuido e descanso. Não quero mais desbravar novos mundos nem estipular novos medos. Quero olhar nos olhos e sorrir fácil, só isso, e se sobrar um pouco de tempo, permaneço."

(Priscila Rôde) 

domingo, 8 de janeiro de 2012


"Me arrisco a dizer que relacionamentos à distância são mais fortes que todos. A saudade aperta, as horas não passam, o telefone parece insuficiente e o coração quase desiste. Mas quando se reencontram é como se nada importasse mais do que aquele momento. É como se todos abraços e beijos do mundo não fossem suficientes. É como se a saudade inundasse no peito e transbordasse em alegria. Ficar juntos é a recompensa por aguentar tanto tempo separados."

(Caio Fernando Abreu)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Memórias póstumas de um amor possível



Não se pode camuflar com flores uma história cujo fim se sabe iminente...
Por mais que se tente ver um afresco de imensurável beleza, obra barroca adornada, em seu cerne encontra-se ranhuras, graves erros que comprometem toda a estrutura.
Disfarçá-los com flores, seria adornar-lhe com uma coroa póstuma, pois aqui jaz o entusiasmo, a leveza, a saudade e a ternura do amor um dia possível...
Melhor então, fundar a lápide concreta do que uma morte lenta e enfeitada de sofismas!

(Juliana Alves)

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...