quinta-feira, 29 de setembro de 2011

"Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos." (Cora Coralina)


   

Sou poetisa, sou goiana orgulhosa...
Da terra inspiradora dos versos de Cora
Coralina, cora-linda, cores lindas e infindas,

que pintaram nosso Goiás ao mundo...
Na sua simplicidade em pessoa 

e profundidade de alma a tecer em palavras
o que muitos nunca enxergaram:
o potencial goiano ilimitado!
Sou filha desse chão, raridade do cerrado...
Nascida no berço adornado pelos versos Coralindos!

(Juliana Alves)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

É rock...


Hoje não dá, nem se eu quisesse escreveria palavras apenas... 
Hoje meu corpo inspira e transpira acordes...
Rifes de guitarra fluindo pelas veias 
e coração palpitando no ritmo da bateria... 
Minha poesia hoje é musical... 
É puro rock...
Energia veemente, 
eletrizando a alma e 
exalando pelos poros!

(Juliana Alves)

sábado, 24 de setembro de 2011

6º Selinho


O selinho é o "Esse blog passa uma ótima ideia" .

Amigos ganhei esse selinho muito especial da Nina Barroso do Blog иเиล ☂ вลяя๏ร๏ , confiram!
Fico muitíssimo feliz com o reconheciemto seu, Nina, e de todos que acessam e gostam do meu recanto. Sempre é um prazer agraciar a alma ou o coração de alguém com algumas palavras!
 
Regrinhas:
-  Postar o selo em seu blog;
-  Citar o blog de quem te indicou;
-  Indicar para os blogs preferidos de vocês!

Meus Blogs Preferidos: 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Da explicação do que se indaga ao coração




De onde vem essa força que me atrai, me arrasta qual uma voragem até tua alma?
Essa conjunção de gostos doces, de cheiros almiscarados, de toques aveludados que só existem quando tu estás ao meu alcance?
Por que até o luar é mais luminoso e com singulares matizes, quando tu estás na órbita de minha vida, nas entrelinhas de meus pensamentos?
Por que, curiosamente, estrelas cadentes só riscam o manto negro da noite em linhas iluminadas de esperança quando em pensamento, te peço ao universo de presente?
Que conjecturas de minha subconsciência são emanadas ao plano astral pra que tudo isso seja coincidente, e eu, entorpecida, pasma me deixe acreditar que contigo tudo é diferente...
Que contigo é amor, de vidas passadas, de destino traçado e do pra sempre dos contos de fadas?
Amor que mesmo que você não mais me venha, não mais me habite, sempre terá sua morada em mim...
Inspirar-me-á a ser sempre melhor, mais linda por dentro e por fora, a luzir, iridescente até na vastidão de sua ausência...
Sempre intensa, plena em ternura, a florir alegrias, sorrisos e levezas pela experimentação ímpar desse amor... 
Que é brisa fresca no jardim de minhas memórias, vendaval de surpresas na monotonia da vida e furacão de sensações ao meu coração...
E tenho assim te amado: descompassado e exagerado...
E porque a mim assim tem sido, gosto então só sinto ao que te sou. Meu mundo menino, por ti tomei e te dou.

(Juliana Alves)

domingo, 18 de setembro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Do amor (sobre)vivente



Onde estou, em toda parte também está...
Na luz do astro-rei em que me banho e
O reflexo do áureo brilho de minha aura intensifica.
No brando vento que acarinha minha tez e
Às alvas nuvens das sensações me faz flutuar.
Nas estradas tortuosas e empíreos vales
Que a vida, Imperiosa Rainha de Copas, me ordena trilhar.

Na chuva de águas límpidas, 
Que cai em cascata sagrada
A dissolver tormentos e mágoas,
Da alma cura os males e 
Ao meu corpo traz o refrigério.
No cheiro emanado por sua aconchegante presença,
Aroma sutil que as flores aspiram, devolvem á aragem
E a todos os amantes entorpece e inspira.

Por conjunção estelar, num enlace de olhares,
Adentra-me como sorrateiro invasor...
Silente, abarca-me a alma,
Toma posse de meu coração.
E com o mapa do meu corpo em mãos,
Prende-me em meus becos
E eloquente, dança em minhas avenidas,
Eu já não tenho saídas... 

O amor quando nos chega
Não mais nos abandona...
Podem passar primaveras e invernos,
Amores e desamores,
Que esse honroso inquilino sempre
Em simbiose com nossa essência,
Nos mais profundos recônditos ainda nos habitará.

Ah o amor, esse indubitável ser vivaz!
Centelha divina pelo Universo a latejar,
Entoando seus cânticos consonantes...
Consolador das criaturas em desesperança...
Sopro de vida aos ambientes mais inóspitos...
Já se fez em mim anseio independente.
Não necessita de seres receptores ou motivadores...
Surge e alimenta-se em si próprio.
Hoje sou sua companheira,
Compactuante e enamorada fiel.

Se alguém um dia quiser o personificar
Sob silhueta de meu amoroso par,
Sinta-se a vontade...
Venha o partilhar com força e coragem!
Mas, se nenhum cavalheiro de grande valia
Desejar vestir-se em capa de ousadia e
Lançar-se nesse prazeroso enleio do amar
O meu mundo não mais ruirá...

Basto-me apenas em sentir o amor,
Ser sua ínfima parte e ele se fazer
Seiva latente que a mim nutre e sustenta...
 
Impetuoso, percorre minhas veias,
Germina pelos infindos poros,
Extravasa no brilho dos olhos,
E pelos lábios é profetizado em terno dialeto
Seguido de um sorriso acolhe-dor...
Se espargindo ao vento, como sementes
A contagiar e brotar no peito fértil dos viventes...
Se não o compartilho com um,
Que seja com toda a gente!

(Juliana Alves)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Flor Régia


Sou roseira terrena, carnuda, violácea, o bem-me-quer da margarida
sonhado pela mão dos príncipes de cavalo e espada das poetisas,
com matizes em lilás, roxo, azul, rosa, uva, carmim, púrpura,
exuberância muda da pele de um broto furta-cor noviço
que cresce regado à conta-gotas de lágrimas
sobre ele derramadas.
Suspiros...

(Lídia Martins)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Do Mítico Enleio Amoroso


Tal qual o ar que respiro, e sei ser necessário à vida
Tua lembrança permeia meus pensamentos
Do abrir de meus olhos pela avivada aurora
Ao cessar de minha consciência no cerrar da noite.
Mas, como a personificação de Morfeu
Até mesmo meus sonhos tu habitas...

Perco-me em labirintos Satúrnios,
Sem saber ao certo há quantas estações
Jaz em mim, como único e necessário ser ansiado...
Divino Apolo, luz da verdade purificadora
Capaz de fazer-me fulgurosa Héstia...
Alvorada eterna de sol interno, tão aceso...
Calor contagiante a iluminar
E a vivificar tudo quanto nos cerca.

Só Deus sabe por que levou tanto tempo
Para sanar minhas intempestivas dúvidas
E a paz regressar ao meu enternecido coração.
Eu nada mais temo, já estive aqui antes...
Cada sentimento, cada palavra...
Já vivenciamos tudo, conhecemo-nos
Como ávidos amantes de outras eras.

Nossos corpos se amoldam ao simples toque,
Natureza líquida de água e jarro...
Olhos que se encontram e conversam
Sobre tanto e tudo, silenciosamente,
Em antológicas dimensões...
Magnetismo transcendente de Psiquês,
Pela humanidade, ainda intocado.

Provar outra vez da ambrosíaca sensação
De ser recôndito acolhedor de seu corpo,
Sacerdotisa devota a decifrar os enigmas de tua alma...
Ateada pela fagulha dionisíaca de teus desejos.
Sinto-me a mais plena das mulheres, Eráto-Calíope,
De ar majestoso, coroada de louros e rosas,
Imersa na sabedoria e no amor emanados
Pela poesia infundida por nossas essências.

Deusa Réia, rainha de toda a Terra,
Sinto-me abrigada em teus calorosos braços...
Magistrais Anéis de Saturno a me envolver...     
E meus braços em conjunto com os teus,
Num abraço sideral, Via Láctea a fechar o infinito...
Juntos somos presente, passado, e futuro...
Eterno, princípio e fim!

(Juliana Alves)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Do que ainda não se pode explicar...

Acordar ao seu lado, esse eterno amanhecer por dentro, um sol interno tão aceso, essa alegria gratuita.
E existe algo em nós que é tão recíproco, cúmplice e intenso. 
Dos nossos olhares que dizem tanto sobre tudo, silenciosamente.
Um movimento de corpo que é tão ao encontro o tempo todo.
Da compreensão e paciência a que nos dedicamos diariamente. 
E o amor que permeia tanta poesia, e a poesia que se entrega inteira pras palavras que querem dizer do abraço. 
Seu corpo tão moldado ao meu, natureza líquida de água e jarro. 
Você me conduzindo à fonte de todas as coisas, lá onde o desejo se origina. 
E nada míngua com o passar do tempo e mesmo acreditando não ter mais espaço, cresce, flui, se imensa clareando o que era escuro e frio.
Cada vez mais e mais eu preciso dizer do amor. 
Dessa ternura delicada. 
Cada vez mais o amor sendo a melhor experiência. 
Cada vez mais eu percebendo que se nada no mundo é definitivo, nossa história eu sei perene. 
Uma primavera inaugurada a cada dia. 
E mesmo que nada possa ser eterno, mesmo que o "pra sempre" não exista, eu sei que vou seguir te amando, pelo menos, pelos próximos 99 invernos.

(E se ainda eu não consigo explicar você pra mim, eu simplesmente aceito e agradeço).

(Marla de Queiroz)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

De bélicos amores: as cicatrizes



À memória me vem clarões do que antes fui...
Página em branco, trama inteira...
Mas a vida, astuciosa escrivã,  
Com suas tenazes penas, me crivou...

Romances primaveris, dramas mexicanos...
Tragédias gregas, decepções mundanas,
Não importa... Inevitáveis marcas imprimem em nosso ser.
Sem dúvida, as mais profundas são as chagas do coração.

Ao amar quem não nos ama, rudes pregas de mortalha
São cinzeladas sobre nosso corpo heróico,
Posto em cruz, na solidão de um campo de batalha.

Trago no peito, marcas extraordinárias de amores
Que abracei de olhos fechados, um salto no abismo...
Ousadia necessária à vida, que nos custa indeléveis feridas.

Minha alma despida, epístola em braile a ser decifrada.
A epigrafia desses relevos, erosões imprescindíveis...
Idealiza minha dolorida e orgulhosa biografia.

Que importa nos vença os desenganos,
Se pudermos contar nossos anos
Pelas cicatrizes talhadas na rocha da sobrevivência...
Degraus evolutivos ao pódio da existência!

(Juliana Alves)

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...