sábado, 25 de agosto de 2012

Dona moça dos cabelos ruivos...

 
“Dona moça, me faz um favor? Não supervalorize os maldosos que lhe atravessarem o caminho. Não dê importância demais a quem perde horas do seu dia tentando borrar seu sorriso. Pise forte na maldade. Sem tropeçar, sem fraquejar. Junte todas as pessoas que lhe querem bem, lhe mandam boas vibrações e lhe enchem de paz, e esmague as más vibrações com o peso delas. Não aceite críticas de quem não conhece suas lutas diárias.
Não tolere julgamentos de quem não consegue ficar em paz diante do seu brilho. E brilhe cada vez mais forte, até cegar a energia ruim dessa gente que tenta ser feliz por vingança, enquanto você planta paz e esperança e colhe alegrias por merecimento. Envie luz pra quem lhe calunia e deseja mal. Deseje fé em si mesmo, pra quem não consegue acreditar na felicidade que tanto diz estar vivendo. Espalhe suas levezas e doçuras, desate os nós que o passado deixou e flutue.
Se algumas pessoas lhe desejarem o mal, deseje a elas amor. E felicidade o suficiente pra que vivam as suas vidas e esqueçam de uma vez por todas da sua. Esquece essa gente pequena, dona moça. Não é todo mundo que guarda no peito, um baú feito o seu, cheio de inspiração, flores, cores e delicadezas. Tem gente que transforma o que passou, em mágoa.  
Feliz é você, dona moça, que pega o que restou do passado e transforma em poesia.
(Karla Tabalipa)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

♫♪...Lindo, tô que nem criança... Tô de alma limpa... ♫♪

O amor não lembra do que precisa. Amor é não precisar de nada. É precisar do que acontece depois do nada, ainda que não aconteça. O amor confunde para se chegar ao mistério. Embaralha para não se ouvir. Perde-se no próprio amor a capacidade de amar. Amor é comer a fruta do chão. O chão da fruta. O amor queima os papéis, os compromissos, os telefones onde havia nomes. O amor não se demora em versos, se demora no assobio do que poderia ser um verso. O amor é uma amizade que não foi compreendida, uma lealdade que foi quebrada. O amor é um desencontro por dentro.

— Fabrício Carpinejar

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Coração Primaveril


 
Das invernais madrugadas não me recordo mais.
Senhor dos tempos da ventura
despiu-me de toda a névoa,
vestiu-me de amanhecer....
És tu senão a primavera que eu esperava...
A vida colorida e multiplicada,
em que se faz pleno e perfeito cada instante.

(Juliana Alves)

domingo, 12 de agosto de 2012

Soneto do Teu Corpo


Juro beijar teu corpo sem descanso
Como quem sai sem rumo prá viagem.
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem,
Quero inventar a estrada enquanto avanço.

Beijo teus pés, me perco entre teus dedos.
Luzes ao norte, pernas são estradas
Onde meus lábios correm a madrugada
Pra de manhã chegar aos teus segredos.

Como em teus bosques. bebo nos teus rios.
Entre teus montes, vales escondidos.
Faço fogueiras, choro, canto e danço.

Línguas de lua varrem tua nuca.
Línguas de sol percorrem tuas ruas.
Juro beijar teu corpo sem descanso...

(Leoni)

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Das alegrias risonhas pelo caminho

 
"Havia algo que tinha um cheiro inconfundível de alegria.
De vida abraçada.
De chuva quando beija a aridez.
De lua quando é cheia e o céu diz estrelas.
Um cheiro da paz risonha do encontro que é bom."

(Ana Jácomo)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Augusto Agosto


 
Adentra-se às primícias de um mês cercado de superstições e agouros...
Não o vejo com os olhos turvos dos sem fé, neste respiro a bonança e colho os louros de ansiados tempos vindouros.
Enfim chegado o augusto tempo, delicio-me a cada aurora raiada...
Dulcíssima sensação de leveza dos que acreditam que pra se passar por agosto deve-se ter amor no coração (e tenho), além dessa bendita prece de felicidade nos lábios, mantra transcendental a todo o momento pronunciado...
Que assim transcorra, continue a me invadir, se intensifique e contagie infinitamente mais... Há de se ter mais força, há de se luzir acolhida pela paz, há de se ficar qualquer maldição para trás...
Há de se mergulhar em amores cada vez mais ternos, há de crescer as tenras asas em vôos compartilhados ao encontro da vida, à alva emoção renovada de ser livre, de ser plena, florir sorrisos, olhares, uma alma olorosa de aromas almiscarados à espera de um setembro primaveril...
Que seja assim, tudo a(gosto) de Deus!

(Juliana Alves)

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...