segunda-feira, 20 de maio de 2013

Da Paixão Necessária



"Bateu agora aquela vontade de apaixonar novamente. 
Porque paixão é tormenta dos sentidos, mas também é calmaria no aconchego do outro. 
É sede de todos afagos, e também água fresca pra se beber em goles lentos, degustando todos os sabores despertados. 
É fome de corpo, mas é saciedade da alma. 
É chão que se apoia os pés para se trilhar tudo o que se faz na vida e também asas que faz voar com sensação de tudo poder.
Paixão é pros corajosos, que se permitem quase enlouquecer na jornada em busca de uma razão maior: o Amor."

(Juliana Alves)


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Dona de Si



"Eu tenho trezentos vulcões internos em erupção que, 
às vezes, assusta a menina que há em mim. 
Eu não vou pedir permissão para estar assim, para existir. 
Ergo-me depois do choro copioso,
 evito com toda a acidez o afeto odioso. 
Eu preciso apenas deste meu Altar e do meu espaço."

(Marla de Queiroz)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Da Metamorfose




‘O homem’ num ato vil pode gerar o caos na vida de outrem, mas Deus em Sua infinita benevolência insere no breu das incertezas uma partícula de luz... 

Abre a janela da possibilidade primordial, turva diante dos olhos pela desordem. E na madrugada mais escura, em meio ao mais medonho pesadelo, olhou-me com uma amorosidade superior, e aclarou minha alma com o Seu sol mais luminoso...
Assim... Esgarcei-me pela fresta do casulo e engracei-me com o vislumbre de uma lucidez em meio ao silêncio absurdo de meus pensamentos...
Aspirando a aragem, libei tocar o divino, no arranha-céu de meus desejos e senti o ínfimo humano vagando pela profundidade dos meus abismos.  
Instaurou-se a revolução, em meu intimo criou-se forma o caos, a pandora se apascentou... Fez-me “a estrela dançante” de Nietzsche. Não mais houve noite a partir daquele momento, o crepusculário teve fim, achegou –me às matizes mais vibrantes, regendo o arrebol do coração.
Do ápice de seu fulgor pude sentir-me úmida novamente, um rio cristalino se fez torrente – estou viva, vi-me colorida... Santificada, agora sou a deusa do meu próprio templo! 

(Juliana Alves)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Retomando o fôlego


 
Tu me devoras e me devolves só num olhar...
Não sei se calmaria ou ventania, se quente ou frio,
mas me dá chão e céu, me afundas e me fazes flutuar...
Retomando num beijo,
um fôlego que não cessa,
só continua, continua com(ti)nua...

(Juliana Alves)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Welcome May




Que Maio se achegue com o seu anunciado frescor de tempo novo ao calor do meu coração, trazendo tudo o que é espiritualmente amplo e profundo para corporificar meu prospecto de sonhos.
Que sob o sereno das noites, minha alma se dispa de suas antigas vestes, assuma suas renovadas cores e ao meu corpo recaia o sol amoroso das auroras...
Permanecendo nus, diáfanos e fulgentes meus ombros, para que neles pousem as borboletas.

(Juliana Alves)

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...