‘O homem’ num ato vil pode gerar o
caos na vida de outrem, mas Deus em Sua infinita benevolência insere no breu
das incertezas uma partícula de luz...
Abre a janela da possibilidade
primordial, turva diante dos olhos pela desordem. E na madrugada mais escura,
em meio ao mais medonho pesadelo, olhou-me com uma amorosidade superior, e
aclarou minha alma com o Seu sol mais luminoso...
Assim... Esgarcei-me pela fresta
do casulo e engracei-me com o vislumbre de uma lucidez em meio ao silêncio
absurdo de meus pensamentos...
Aspirando a aragem, libei tocar o divino, no
arranha-céu de meus desejos e senti o ínfimo humano vagando pela profundidade
dos meus abismos.
Instaurou-se a revolução, em meu intimo
criou-se forma o caos, a pandora se apascentou... Fez-me “a estrela dançante”
de Nietzsche. Não mais houve noite a partir daquele momento, o crepusculário
teve fim, achegou –me às matizes mais vibrantes, regendo o arrebol do coração.
Do ápice de seu fulgor pude
sentir-me úmida novamente, um rio cristalino se fez torrente – estou viva,
vi-me colorida... Santificada, agora sou a deusa do meu próprio templo!
(Juliana Alves)
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