quinta-feira, 21 de junho de 2012



Dizem que felicidade não deve ser cantada aos quatros ventos, mas ora... Nunca tive vocação para alegria tímida, nem para sentir mudo... Tudo o que me vai na alma grita, transborda, se espalha e contagia...

E nesses dias em que o sol ilumina colorido, em cada canto parece ter um espelho que só reflete a beleza que me transpassa pelos olhos... Até o vento sopra mansinho cheirando presente recém aberto, doce saído do forno...

É um contentamento sem motivo, um estar grata por nada, que faz cócegas na alma... Com o coração leve o corpo flutua... E menina levada que ainda sou, saio gritando por ai como quem não suporta guardar segredo: Tô feliz, me ganhei de novo... Tô de laço novo com a vida!

(Juliana Alves)



sábado, 16 de junho de 2012

A cura...

 
♫♪...Existirá, em todo porto tremulará (se hasteará)
A velha bandeira da vida
Acenderá todo farol iluminará
Uma ponta de esperança
E se virá, será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina
Demolirá, toda certeza vã, não sobrará
Pedra sobre pedra
Enquanto isso não nos custa insistir
Na questão do desejo, não deixar se extinguir
Desafiando de vez a noção
Na qual se crê que o inferno é aqui
Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal a cura...♫♪

sexta-feira, 8 de junho de 2012

De um inesperado olhar...



Não olhe assim, doce e profundamente, como se estivesse a despir meus olhos das vendas que os cerram da visão de outras possibilidades, outros rumos, outros mundos e personagens.

Não se preocupe e nem cuide de mim, de modo tão minucioso e cortês, eu que sou uma menina de ar tão orgulhoso, mas no fundo tão exausta de a próprio punho combater dragões e abrir trincheiras, caminhar estradas tão tortuosas e vãs.

Não, não faça derruir minha fortaleza, jogar por terra todas minhas insistentes defesas e me deixar ser invadida, derreter a geleira cristalina que faz redoma ao recôndito amoroso de meu coração.

Não, não me faça redescobrir que voar junto é mais gratificante que solitária, quando eu já havia me convencido (com enorme esforço) que pássaro selvagem que voa só é mais forte e audaz.

Não, por favor, não me faça ter uma nova fé, enxergar um oásis em meio ao deserto a tanto atravessado, tocar um manancial de luz e acreditar em contos de fadas reais. Que a vida pode sim ter outro enredo, mais feliz e apaixonante, escrito a quatro mãos...

Por clemência... Não me tire do chão que finquei as raízes de minhas certezas, se não for para mais uma vez tocar o céu que vislumbrei, quando pelo infinito de seus olhos viajei.

(Juliana Alves)

domingo, 3 de junho de 2012

Ao A-cor-dar de Junho



Evoco todas as emanações de bem-querer e entoo todas as sinfônicas preces, brotadas dos mais sublimes dialetos cordiais, em gratidão pela paz, pela doçura cotidiana que venho experimentado... 

Assim, já é meado de ano e adentro ao mês de junho... 
Junho e seus santos, suas canções e milagres.

Meu mês, mês que completo mais um ciclo, mais uma volta dessa grandiosa espiral da vida. 

Que seja cada dia mais leve, mais doce, mais luz... 
Um a-cor-dar multicolorido de dentro para fora, trazendo a cor dourada à pele, de uma alma ensolarada.  

(Juliana Alves) 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...