Dizem que felicidade não deve ser cantada aos quatros
ventos, mas ora... Nunca tive vocação para alegria tímida, nem para sentir mudo...
Tudo o que me vai na alma grita, transborda, se espalha e contagia...
E nesses dias em que o sol ilumina colorido, em cada canto
parece ter um espelho que só reflete a beleza que me transpassa pelos olhos... Até
o vento sopra mansinho cheirando presente recém aberto, doce saído do forno...
É um contentamento sem motivo, um estar grata por nada, que faz cócegas na alma... Com o coração leve o corpo flutua... E menina levada que
ainda sou, saio gritando por ai como quem não suporta guardar segredo: Tô
feliz, me ganhei de novo... Tô de laço novo com a vida!
(Juliana Alves)