quarta-feira, 25 de julho de 2012

25 de Julho - Dia do Escritor



"Minhas mãos vazias são como a quimera ensandecida,
 há pressa em narrar o que a pele sente, 
o coração pulsa e o orgasmo lava..."

(Trecho de "Das  Inquietações" - Juliana Alves)




Diáfanas são as águas que saciam a sede dos meus quereres...

Nessas horas silenciosas, onde a sinfônica paz grita alto e requere seu alimento... Fluida, sou invadida, e não mais sei se sou matéria ou energia.

Fundo-me e fluo ao alvo chamado do papel, e nesse me desmancho, decodificando ao crivo as aragens das excelsas inspirações.

Brandas são as palavras que transcorrem desse meu transmutado ser, emergem dos evanescentes lapsos de vidas várias ao afluente guia da minha dita...

Agora fragmentada estou! Linhas, formas, sons... 
Uma brisa então irrompe, e tudo se desprende...

Sutis são esses ventos-guias, sopro divino que enfurna sonhos, preces, palavras, sons, aromas e desejos, carreia toda a emanação de bem querer, leveza que não se vê, mas se sente... 

Tudo quanto vivi, aspiro, sinto e amo...

Então... Não sou mais eu... Sou milhares! 
Sou luz, sou calor, sou o amor, sou o todo, sou agora o universo...

Não sou mais minha... 

Todo dia sou mais dos outros,
 quando me (des)mudo, sou mais escrita!
 

(Do Ser em Transcrição - Juliana Alves)

2 comentários:

  1. Juju, minha querida, o amor tem o poder de nos fluidificar, de nos levar longe, como se fossemos folhas secas no ar.
    Lindo teu versejar, encantei-me!!

    Muitos abraços minha querida.

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    Respostas
    1. Com certeza minha, Querida!!! Quando estamos leves, repletas de amor, tudo flui... A vida, a escrita, a felicidade se faz tinta para escrever levezas e colorir a paisagem!
      Agraciada pelo seu carinho!
      Abraços!!!

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Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...