Tenho aprendido que para algumas
coisas se tem muito tempo, dizem que a vida é muito curta, mas pra determinadas
“esperanças” tem-se toda a vida. Não adianta pressa, a nossa urgência é que
torna tudo muito breve.
A ansiedade traz a falta de fôlego, o cansaço em se
viver sempre insatisfeito, buscando, querendo... E quando é chegado o momento e o tenho ao alcance das mãos, não tem sabor, as papilas fadigaram de tanto aguar a boca ansiando aquele gosto.
Por mais lento que seja o passo a
passo, o bailo ao som da paciência, nada maior que o meu peito possa aspirar e
devolver à vida com a calma de um suspiro... Antes saborear cada “pedaço” do
caminho do que engoli-lo inteiro e ficar engasgada, sem ter sabido o sabor
exato do maná me oferecido em banquete.
Como Caetaneou-se o pensamento, “cada
um sabe a dor e a delicia de ser o que é...”, e hoje sou a calma daquele
ponteiro do relógio que se espreguiça antes de mudar a cada segundo, como se
quisesse eternizar aquele instante, em câmera lenta a deliciar-se com cada
detalhe... Apreendê-lo entre retinas exaustas de ver urgências para colorir a
memória dos fatos, que o tempo de qualquer forma leva...
O que tem que vir, virá, eu me deleitando em demoras
ou sucumbindo ao imediatismo inútil, cada presente me será dado ao meu
merecimento, com todas as fitas, laços e abraços de seu tempo.
Só me resta
viver, crescer e merecer!
(Juliana Alves)
Nenhum comentário:
Postar um comentário