sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Das datas que ficam entre o chorar e o celebrar...


Um ano se passou, 12 meses, 4 estações...
Nesse tempo fui outono de folhas secas, despindo-me de antigas vestes, me fazendo árida, face salgada das lágrimas evaporadas...
Fui gélida, fenecendo chamas que não mais foram abrasadas... Fechei-me ao calor dos corações amorosos, somente o vago, a opacidade do cinza, me apeteciam. Ergui muralhas pra forjar minha resistência. 

Mas ao poucos vi que uma vida desbotada não é digna, não há como viver em tons pastéis... E primaverei, retomei minhas cores, a alma floriu-se de levezas, abrindo-se as janelas luminosas dos sorrisos sinceros, adornou-se dos sentimentos que me são valiosos...

E enfim veraneei, e nesse momento não sei se celebro a vida, essa incansável ressurgente, ou se deixo-me, por hoje, lavar-me pelas lágrimas vindas de um coração que reconhece as perdas necessárias. Que se dói ainda, mas no fundo sabe que não havia outro caminho, que a vida segue seu curso e depois se explica, nos renascimentos e nas lições aprendidas.

(Juliana Alves)
 

Um comentário:

  1. Lindo Jú!

    A beleza de não sermos inverno pra sempre, é o que nos faz de novo florescer.

    www.reticenciando.com

    Milhões de beijos

    ResponderExcluir

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...