Atormenta-me o vazio alvo na folha, a pena esquecida e
esse silêncio que aquieta.
Os versos me incendeiam a pele, escrevendo acrescento valores a minha vida, desperto em mim amores e sinto que esse pedaço crivado de papel abriga minha sanidade.
Os nomes não são importantes, os personagens que compõem minha vida são, às vezes loucos, outras santos, mas sempre requerem meu perdão por não revelá-los ao mundo.
O fundo branco destaca a profundidade dos meus pensamentos, outrora põe sentimentos em alto relevo... Pessoas que eu amei colorem a história da vida, andam a esmo através dos parágrafos e estacionando nas reticências próprias do destino.
Minhas mãos vazias são como a quimera ensandecida, há pressa em narrar o que a pele sente, o coração pulsa e o orgasmo lava...
Meus fetiches são elementos que tangem às linhas do seu corpo e de meus papéis, e em minha boca distraio o tempo com a alegre ficção infiel que não se espaça desse amor.
Tento me encontrar em você, nos mínimos movimentos e detalhes, enfrento a dificuldade de escrever sobre essa distância corpóreo-sentimental que, por vezes, sufoca, que abrasa o corpo e sangra pelos poros.
Minha palavra nunca silencia, nunca se entrega ao cansaço do corpo, desse coração que lateja sempre almejando mais.
A vaidade da palavra é parte do excesso dessa paixão que sobrevive nessa peregrinação de mãos, lábios e inspirações.
Ao escrever eu faço as minhas escolhas, influencio o encontro entre destino e verso, intensifico o Apolo disfarçando o que me desilude e refinando o que me excita. Isso reserva minha imaginação da realidade, vivo em outra dimensão, paralela a esse mundo, que foge da lucidez rotineira.
Palavras exaladas ao vento, derramadas nas páginas de modo que o superficial seja eliminado, o clichê morra asfixiado, atropelado pela métrica, pela poesia que nosso instante floresce.
Respiro outros ares, leio outros rostos, atinjo a imperfeição de se deixar entreter por outros objetos, e assim de forma romântica abdico de meu mundo por alguns instantes.
Para depois, febrilmente me debruçar nas páginas com o mesmo ímpeto que minhas mãos procuram seu corpo e meu olfato reconhece seu cheiro onde quer que eu vá.
Os versos me incendeiam a pele, escrevendo acrescento valores a minha vida, desperto em mim amores e sinto que esse pedaço crivado de papel abriga minha sanidade.
Os nomes não são importantes, os personagens que compõem minha vida são, às vezes loucos, outras santos, mas sempre requerem meu perdão por não revelá-los ao mundo.
O fundo branco destaca a profundidade dos meus pensamentos, outrora põe sentimentos em alto relevo... Pessoas que eu amei colorem a história da vida, andam a esmo através dos parágrafos e estacionando nas reticências próprias do destino.
Minhas mãos vazias são como a quimera ensandecida, há pressa em narrar o que a pele sente, o coração pulsa e o orgasmo lava...
Meus fetiches são elementos que tangem às linhas do seu corpo e de meus papéis, e em minha boca distraio o tempo com a alegre ficção infiel que não se espaça desse amor.
Tento me encontrar em você, nos mínimos movimentos e detalhes, enfrento a dificuldade de escrever sobre essa distância corpóreo-sentimental que, por vezes, sufoca, que abrasa o corpo e sangra pelos poros.
Minha palavra nunca silencia, nunca se entrega ao cansaço do corpo, desse coração que lateja sempre almejando mais.
A vaidade da palavra é parte do excesso dessa paixão que sobrevive nessa peregrinação de mãos, lábios e inspirações.
Ao escrever eu faço as minhas escolhas, influencio o encontro entre destino e verso, intensifico o Apolo disfarçando o que me desilude e refinando o que me excita. Isso reserva minha imaginação da realidade, vivo em outra dimensão, paralela a esse mundo, que foge da lucidez rotineira.
Palavras exaladas ao vento, derramadas nas páginas de modo que o superficial seja eliminado, o clichê morra asfixiado, atropelado pela métrica, pela poesia que nosso instante floresce.
Respiro outros ares, leio outros rostos, atinjo a imperfeição de se deixar entreter por outros objetos, e assim de forma romântica abdico de meu mundo por alguns instantes.
Para depois, febrilmente me debruçar nas páginas com o mesmo ímpeto que minhas mãos procuram seu corpo e meu olfato reconhece seu cheiro onde quer que eu vá.
(Juliana Alves)
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