quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Da repentina sensação



Aqui na aragem fria dessa noite de farta chuva e torrentes sensações, me encontro em incômoda situação, um imenso panapaná me atordoa o estômago... 
Penso que o número de borboletas vorando em mim é proporcional a agonia da saudade de agora, e a antecipada de tua ausência futura já prenunciada. 
Mais um obstáculo nos surpreende em mais uma imprevisível esquina da vida... Não sei se as peças desse mítico quebra-cabeça amoroso se encaixam ou se embaralham mais! Apesar do repentino medo, com sua obscura névoa querer mitigar a luz de minha confiança, tento manter a fé no laço feito por nossas almas... 
Laço que não aperta, traçado de forma voluntária por duas partes que em sua inteireza essencial se complementam nos sentimentos ternos despertados, pelo recíproco deleite da afim companhia, conversas, gostos, momentos e risos... 
A liberdade no âmbito desse vínculo consentido é o que de mais concreto nos prende... 
Não há distância para o elo das almas, pode ser aqui ou acolá, tenho certeza que nossa ligação, por desdobramento divino continua a se consolidar. 
Amor tem disso, só vale a pena se for sorvido até a última gota, intensamente vivido em suas voltas e reviravoltas... 
E eu, mesmo aqui distante, não importa o nó que a vida dê em sua trilha, o coração sempre desata... 
A te amar! 

(Juliana Alves)

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