sexta-feira, 6 de abril de 2012

Monólogo


Onde tu estás, meu amor? 
Se sofres como eu, não sei dizer...
Olho aos céus e ao universo indago: 
Por onde andas, silencioso e vago?

Nessa noite, em que a lua reina,

 plena e só em seu negro pedestal, 
altiva tua face nela vejo 
e o coração estremece de desejo... 

Tanta luz de outrora banhava nosso ser, 

cheia da graça de todos os amantes, 
e agora mesmo túrgida à míngua padece...

Logo a lua que te jurei, 

tantas noite te dediquei...

Onde tu te escondes?
Foi-te, e até hoje não sei,

 que rompante te provocou,
 e do fulgor nos furtou...

De tudo, só ficaste a lua como farol...
Da saudade que nos restou!

(Juliana Alves)

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