quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Noturna



Obscuras horas onde o mais íntimo da alma se revela,
Aspira, inspira e transpira, sob a luz do luar...
Os mais soturnos sentimentos e profundos desejos.
Delírios vaporosos, ilusões febris...
Na inebriante treva, corpos quase a flutuar...

Solitária dos amantes inatingíveis,
Berço onírico onde tudo se concretiza.
Frescor depois do incansável labor,
Parque de diversões, onde todo gato se faz pardo
E brinca sua vida sem lei!

Palco de astros e estrelas, descortinados em própria luz...
Pintura instigante aos olhos dos poetas,
Que cingem em palavras vários mundos...
Mar argênteo, viagem de mil e uma noites...
Odisséia pitoresca pelos infindos gozos,
Véu de intermináveis elucubrações!

Ah noite minha, idílica dimensão!
Quem me dera sorvê-la, extasiante elixir da juventude...
Tornar-me parte sua, imensidão e escuridão.
Noturna, poder contemplar do camarote da infinitude...
O suspirar de toda a gente a almejar...
Os teus nebulosos mistérios decifrar!

(Juliana Alves)

Um comentário:

  1. uauuuuuuuuu!!!! Amiga, você é mesmo dimais!!!! Mais uma vez versos magistralmente construidos num diferente cenário, que é o romântico-gótico. A noite... É uma das dimensões mais inspiradoras para diversos sentimentos. Para os diversos temas, que voce domina com perfeiçao! Mais uma vez parabens e tenha uma ótima noite!!!

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