quarta-feira, 23 de março de 2011

SEM-TI(R)



Às vezes, penso que a oportunidade dada pela vida de se vivenciar o Amor, na maioria das vezes, seja somente a dádiva de libá-lo: senti-lo, tê-lo correndo nas veias, pulsando no coração, cegando os olhos, ensurdecendo-nos e gritando pelos poros, com vozes de alegrias, leveza e entusiasmo... 
E depois de comprovado que algo tão sublime assim existe, que é possível, o que se fez duo se torna uno novamente, deixando-nos...
Justamente assim, com o gosto de quero mais, a fome depois de ter provado, a sede depois de ter bebido, o pedacinho do paraíso (cheio de deliciosas tormentas) ao qual sempre almejamos, sempre estamos dispostos a dizer sim, a repetir a dose, mas que nunca vivemos por inteiro, nunca gastamos, nunca solvemos a última gota... 
Vezequando o Amor é isso, o sempre latejando no peito, iluminando a alma, mas distante das mãos, somente SEM-TI(R). 

(Juliana Alves)

3 comentários:

  1. Muito lindo, belo texto Juliana...
    Sabe, amo ver fragmentos de outros autores, e até coloco no meu blog, mas ver uma obra linda assim e poder dizer, foi a Juliana Alves, ela está no meu blog, rs

    Bjsss linda

    Mila

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  2. Ohhh, Queridas! Mto obrigada, até fico encabulada com elogios vindos de vcs, blogueiras e escritoras a mais tempo que eu.
    Obrigada pelas visitas sempre e pelo carinho! Bjs! =*

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Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...