terça-feira, 28 de junho de 2011

Dos versos que me compõem


Trago em mim
Um recado
Às vezes mal dado...
Por luz divina
ou uma alma ferina.

Trago lembranças
Replenas de fantasias
Existência que completa e sobeja...

Nesse recado, uma parte
do seio que em mim cabe,
mora um verso
em que componho e me faço,
 e me pertence a metade do laço
desse espaço 
que não me sabe.

É um recinto,
Maior do que o sinto...
Maior que minha vida..
Maior que meus sonhos...
Maior até que o amor,
E a alma que se vai, às vezes com dor...

Nesses versos que me compõem
Cravo e me completo,
Me revelo essencialmente...
E transpareço...
O anseio e o abraço
De outro pedaço
Que aqui jaz, 
enfim.

Trancrevo e ouço,
Um canto agora,
Desse encanto que me traz
Essa saudade voraz
Que em paz,
se acabe...
 e fim.

Nesse verso que mora em mim
Que eu me encontre...
E também a poesia que exala
Desses versos tão fugazes
Desse tempo que esvai
Que foge, escorre
E me abstrai...

Que me depare com a verdade,
Nem ouça e nem fale,
Somente me cale
Diante do verso
Que tudo diz de mim.
Ante a rima e a quadra...
Perante o amor e a alma
Em presença de tudo que almejo.
Vívido assim...

(Juliana Alves)

2 comentários:

  1. Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o Amor toma conta dele.
    (Platão)
    ; )

    ResponderExcluir
  2. Oi, Juliana! Tenho visto muitos blog's, mas o seu em especial parece ser o raio x de meu coração. Foi maravilhoso ter passado um pedaço de minha tarde aqui! Vou visitar sempre! Eu também tenho um blog e gostaria que pudesse visitá-lo, http://www.tribarte.blogspot.com/
    Achei lindo os versos que fez e os postei com o devido crédito a você. Espero que um dia possas fazer o mesmo com os meus. Obrigada por usar tão bem as palavras! Parabéns com louvor! Grande abraço!

    ResponderExcluir

Coração Primaveril

  Das invernais madrugadas não me recordo mais. Senhor dos tempos da ventura despiu-me de toda a névoa, vestiu-me de amanhecer...